segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

ALIMENTAÇÃO INFANTIL

Muito interessante, pensei na mesma hora de repassar essa informação para vcs!!!!!

 

 

Comer bem também se aprende na escola

Conheça o projeto de educação alimentar que está mudando os costumes das crianças do Colégio Vera Cruz, em São Paulo

 
 
É na infância que são fixados os hábitos alimentares. Nessa fase da vida, o que vai no prato das crianças é responsabilidade de duas instituições: a família e a escola. Juntas, elas têm pleno poder sobre o cardápio dos pequenos. Depois de constatar que os lanches trazidos de casa pelos alunos eram cada vez menos saudáveis, a equipe do Colégio Vera Cruz, na capital paulista, decidiu, em 2007, desenvolver uma proposta de educação alimentar.

"Víamos que os alunos traziam um lanche de qualidade muito duvidosa e nos sentíamos impotentes para alterar essa cultura que vinha de fora da escola", diz a nutricionista Márcia Gowdak, doutora em ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e responsável pela área de nutrição na escola.

O colégio, então, decidiu realizar uma pesquisa e avaliar o que 300 crianças entre 3 e 8 anos de idade carregavam em suas lancheiras. Durante três meses, foram observados quesitos como calorias, gordura trans, sódio e cálcio contidos nos lanches. Os três primeiros itens apresentaram oferta e consumo muito maiores que o parâmetro esperado para uma alimentação saudável. Já o cálcio, mineral indispensável para a formação óssea, estava bem menos presente que o necessário.

No final das contas, os salgadinhos e guloseimas consumidos pela garotada se revelaram nada mais, nada menos do que um reflexo de como a sociedade brasileira se alimenta hoje, dando ênfase a alimentos industrializados gordos, açucarados ou lotados de sódio. Não à toa, aumentou nos últimos anos a incidência de alguns problemas típicos de adultos em crianças, como colesterol alto, diabete e a própria obesidade. "Constatamos que era cada vez mais necessário contribuir para a formação de hábitos alimentares saudáveis, uma vez que a atividade física já fazia parte do currículo escolar", conta Márcia.

A implantação


Com os resultados da pesquisa em mãos, todos os segmentos da comunidade escolar, professores, alunos, funcionários e pais, foram convocados para contribuir com as mudanças na merenda. Como a ideia era que o colégio passasse a fornecer os lanches desde a Educação Infantil até o 5º ano, a diretoria organizou uma reunião com os pais para situá-los sobre a nova realidade. "Foi tudo muito bem pontuado e eles foram bastante positivos. Um ou outro resistiu, mas não houve problemas", diz Ângela Fontana, coordenadora do Fundamental 1.

A partir daí, a nutricionista Márcia Gowdak passou a cumprir suas funções dentro do projeto. "Ela é responsável pela formação dos professores e funcionários da cozinha da escola, montagem do cardápio, contato com os fornecedores além de acompanhar diariamente todo o trabalho", explica Ângela.

Desde que a iniciativa começou, em 2008, um questionário sobre a alimentação dos estudantes passou a fazer parte das informações requisitadas no ato da matrícula. "
Dessa forma, podemos perceber se as crianças têm restrições ou mesmo resistência a algum alimento", diz a nutricionista. "Nosso objetivo é oferecer aos pequenos lanches variados e nutritivos para que eles adquiram hábitos saudáveis ou reforcem os já existentes. Procuramos também estimulá-los a experimentar novos sabores", explica Márcia.

Desenvolvimento do projeto

O lanche do Vera Cruz é composto por 200 calorias, levando em consideração as múltiplas necessidades conforme a idade dos alunos. O leite, derivados e alimentos enriquecidos com cálcio marcam ponto para aumentar o consumo do mineral entre a molecada. "A ideia geral é oferecer menos açúcar, sal e gordura", completa Márcia.

Para isso, algumas modificações foram feitas. A proporção do leite no achocolatado aumentou para reduzir o açúcar. Com a substituição do sucrilho tradicional pelo integral, aumentou-se a oferta de fibras e diminuiu-se a de açúcar. Os pães funcionais, também ricos em fibras, passaram a fazer parte do cardápio diário. Por fim, queijo batido foi acrescentado ao requeijão para elevar os níveis de cálcio. Outra estratégia adotada no colégio paulistano é não distribuir nada pronto. Os alimentos que vão compor o menu são dispostos em uma mesa, cada um em sua travessa, e os garotos e as garotas montam os próprios lanches, de acordo com as suas preferências.

A partir do 6º ano, a nutrição passa a ser abordada diretamente no currículo de Ciências.
Conforme vão crescendo, os alunos passam a entender mais sobre os nutrientes para que seus pratos esbanjem saúde. "Depois de três anos de implantação, podemos ver uma diferença muito grande de hábitos, principalmente entre os menores. Já tem até criança ditando novas regras em casa", conclui Márcia. Hoje, o assunto é abordado em reuniões de rotina com os pais. No site da escola, eles podem acompanhar o cardápio e, em breve, terão acesso a um espaço de receitas e dicas de nutrição. Se você é professor, tente discutir esse tema na sua escola. Se é mãe ou pai, veja o que tem sido feito no colégio dos seus filhos em relação a esse assunto e, caso ache necessário, proponha um projeto que auxilie na educação alimentar dos pequenos.

fonte: emagrecebrasil.com.br

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